Le Chemin Du Bois
Um mochileiro aprendiz
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
La carta, la lluvia y whisky.
Tomando um Jack Daniels com gelo, na varanda em frente ao bar do Loki Hostel. Sozinho, sob uma luz fraca. Chovendo, frio tolerante. Nada melhor do que o cheiro da Jackie. Afinal não vou ficar elogiando o cheiro de um homem. De fato, esse é dos hostels mais bonitos que já fiquei e a melhor parte é a cama. Um gole... Mas eu to de saco cheio de american life e solamente por causa dessa chuva eu estou aqui como um lobo da estepe. A verdade é que eu já não gostava, desde chico, e tá aí a explicação pro meu péssimo inglês e facilidade com o español, français e italiano. Outro gole... Queria você aqui comigo, tuiuiú. A gente poderia ir lá pra cama ficar deitado conversando até a chuva parar. E se você quisesse a gente sairia pra conhecer Cusco à noite ou então ficaria na cama escutando a chuva, até cansados dormirmos sem perceber. Provavelmente, as lembranças de Cusco seriam melhores. Um cheiro e um gole... Às vezes eu tenho que cantar pra exercitar a voz... Jackie, do you marry me? I promise love you all my life. I'm not drunk. Not yet. We'll be just one. Fondo!
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Destino XXV: Cusco
Cheguei a Cusco antes do sol nascer. Que encanto de cidade! Sem dúvidas a cidade mais bonita que vi na viagem, senão a cidade mais bonita que já conheci. Apesar do império inca ter desaparecido há tanto anos, a sua capital ainda apresenta um brilho, digna de representar um império. Isso foi o que vi em 2011. Imagina-se então como era antes da chegada dos espanhóis, aonde ainda permaneciam intactas as casas de ouro e as estruturas arquitetônicas.
Fui direto ao hostel Loki, aonde tinha feito minha reserva, para deixar minhas coisas. O check in era feito a partir das 9 horas da manhã e o máximo que poderiam me dar era uma cama para descansar enquanto não dava a hora. Mas apesar de cansado, eu não queria dormir e descobri que os parques históricos da cidade podiam ser visitados sem pagar, antes das 7 horas da manhã quando os porteiros chegavam. Então corri pra ver o que estava por perto e fui até Saqsayhuaman, uma fortaleza dedicada ao deus sol.
A sorte estava tão grande que tive que me contentar com poucas fotos porque a bateria da câmera acabou. Pude reparar como as pessoas da cidade correm. Lembro dos meninos correndo para a escola, as mulheres descendo correndo as ladeiras, os homens correndo pro trabalho e as lhamas correndo pelo parque.
Um pouco do que aprendi:
Interessantemente, a civilização inca não dominou tantos territórios utilizando a força. Antes de estenderem seu império, os incas eram povos que se dedicavam aos estudos e tinham um sistema de organização social impecável. Porém, havia também na América Andina outros povos com diferentes organizações. Entre eles, um conhecido por dominar outros territórios com a força. Sabendo disso, os incas preparam seu exército (que era muito mais organizado) para se defenderem e os venceram. Portanto, quem vence o maior, se torna o maior. Assim, todos os outros povos também se tornaram pertencentes ao incas, uma vez que concordavam com o sistema comunista do governo que dividia os bens para aqueles que trabalhavam para ele.
O certo é dizer império quechua, que é o dialeto dos incas. O inca, na verdade, é aquele descendente do deus sol, que recebe o direito divino de dominar o império. O nome do império é Tawantisuyu, que significa em quechua "as 4 partes do mundo". O fundador da dinastia inca foi Manco Capac.
Cusco foi a cidade mais importante do império inca que se estendia da Argentina ao Equador e do Chile à Bolívia. É considerada a cidade mais antiga da América. Tem a forma de uma puma, cujo peito é a plaza de armas e a cabeça, a fortaleza de Saqsayhuaman.
sábado, 5 de maio de 2012
Destino XXIV: Puno - Isla de Uros
Depois que arrumei novamente minha mochila, fui para a estrada pegar o ônibus a Puno. Uma velhina de pés descalços e coluna encurvada me seguiu até lá estendendo a mão e falando aymara. Eu imaginei que ela queria algumas moedas, mas as minhas moedas estavam contadas para a passagem. Ela tinha um rosto muito enrugado e olhos com cores que eu nunca tinha visto, olhos cinza-marrom. Ela sentou ao meu lado e não parava de falar. Eu não entendia uma palavra sequer. Depois que ela viu que eu não tinha nada para dar, parece que me disse algumas malas palabras e foi embora. Fiquei triste quando ela estava indo e assobiei pra dar qualquer coisa a ela. Mas ela não me ouviu.
Depois de um tempo, fiz o sinal pra uma pequena van parar. Graças ao meu porte físico emagrecido eu consegui entrar. 10 quilos a mais e eu não caberia.. A van estava lotada e eu tive que sentar perto da porta, de costas para o motorista, de frente para os bolivianos e peruanos com cara de cansados que seguiam a viagem.
Cheguei a Puno sem ideia alguma de onde estava e pra onde ia, então fui pra rodoviária. Lá pedi informações sobre as "islas flotantes" e a que horas saía o ônibus pra Cusco. Arrumei um tour às ilhas para mais tarde e enquanto isso fui conhecer a cidade e encontrar um lugar para comer.
Puno não é tão grande, nem tão pequena. Não sei muito sobre a cidade. Vi um mercado que me lembrou o mercado novo de BH, uma rua para turistas como a Florida de Buenos Aires (mas muuuito menor) e algumas pracinhas. O que me chamou atenção quando cheguei foram os táxis-triciclos. Foi um desses que eu peguei para chegar até a rodoviária. Deu até dó do cara que me levava com o meu peso duplicado com a mochila.
As islas flotantes (ilhas flutuantes) de Uros são a atração principal da cidade. A história é bem interessante. Os primeiros habitantes de Puno viviam tranquilamente até a chegada dos aymara que os expulsaram da cidade. Juntando toras de um tipo de capim descobriram que poderiam ficar sobre as águas e assim puderam construir suas casas sobre o Lago Titicaca. Hoje em dia, todos falam o aymara, mas continuam vivendo nas ilhas de Uros.
Quando eu estava no barco indo para as ilhas, conheci dois belorizontinos. Não bastava ser do Brasil, tinha que ser de Belo Horizonte. Depois dali fomos comer um chaufa (um mexidão de arroz) com macarrão e frango. Uma bomba! E para celebrar o encontro de belô no Peru procuramos um barzinho pra tomar uma Cosqueña. Andamos, andamos e nada. Chegamos a entrar numa espécie de boate de três andares que mais parecia um bordel muito estranho com luzes coloridas e cheiro de água sanitária. Acabamos indo pra rodoviária e tomando uma cerveja quentíssima, um chá de cevada!
domingo, 1 de abril de 2012
Destino XXIII: Caballo Cansado
Fim dos dias na Bolívia. Tomei o barco de volta pra Copacabana, reencontrei as argentinas que foram comigo para a Ilha do Sol e decidi seguir com elas para um lugar chamado Caballo Cansado, que fica em Juni no Peru. Passamos mais uma noite em Copacabana e no outro dia bem cedo fomos atravessar mais uma fronteira.
Resolvi me juntar a elas nessa parte da viagem porque elas disseram que estavam indo a um lugar aonde havia uma Puerta para outra dimensão, que alguns também chamavam de Puerta del Diablo. Segundo elas, os incas ou aqueles que viveram por ali há muitos anos atrás acreditavam que através dessa porta as pessoas que estivessem preparadas passariam para a outra dimensão. Por ela não só entravam pessoas, como também saíam, até mesmo seres que íam mergulhar no lago Titicaca. Eu, felizmente ou infelizmente, não passei pela porta e permaneci aqui nesse mundo terráquio.
Dessa vez não havia hostel, nem pousada. O lugar aonde ficamos foi ali ao léu, em frente à porta do diabo, numa barraca apertada, suportando chuva e vento. Não tínhamos muita comida. Apenas água e mate, um pouco de leite condensado, uns biscoitinhos e umas salteñas. Ao redor não havia quase nada. Por perto vivia um povoado com algumas casinhas que eu podia jurar que estavam vazias porque eu via pouquíssimas pessoas passar por ali. Quando chegamos um velhinho se apresentou como o "fiscal" do lugar e nos queria cobrar 5 soles por pessoa para acampar ali. As argentinas não queriam pagar porque segundo a informação que receberam não havia cobrança para ficar ali. Mas de tanto insistir elas deram os poucos soles que tinham e o velhinho se foi. Ele estava acompanhado de uma senhorinha, toda enrugada, que usava um capacete amarelo e não falava castellano, somente aymara. A senhorinha conversava com a gente como se entendêssemos o que ela dizia, era muito engraçado.
Patrícia e Sarmen (cujo nome não é esse, mas isso era o mais próximo do que eu lembro) são mãe e filha e estavam seguindo viagem desde Buenos Aires até ali. Numa noite fria, escura e com muito vento, Sarmen me disse enquanto tomávamos um mate que ali poderia ser a última vez que estaria com sua mãe. Patrícia estava cansada da vida, das pessoas falsas e superficiais, e estava partindo em busca de um lugar aonde não existisse a mentira que tornava as pessoas tão mesquinhas. Uma busca realmente muito difícil. E Sarmen, após essa viagem, voltaria a Buenos Aires para cuidar do seu filho (que iria nascer) e continuar a viver sua vida como antes. Era uma noite triste. O meu nariz escorria porque eu estava com crise de sinusite e resfriado. O fogo da fogueira improvisada pro mate não queria ficar aceso.
No outro dia de manhã, arrumei minhas coisas e pus novamente a mochila nas costas pra ir pra beira da estrada pegar uma van apertada para Puno, a cidade aonde estavam as ilhas flutuantes.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Destino XXII: Copacabana - Isla del Sol
De La Paz a Isla de Sol vi um caminho que passava por paisagens muito bonitas. Com certeza, se eu tivesse um carro faria muitas paradas para poder contemplar os rebanhos de ovelhas, as montanhas com neve e o exuberante lago Titicaca. Tudo com tanta simplicidade que eu só podia imaginar que as pessoas que ali viviam não se davam conta da beleza que os rodeava.
Para ir à "Ilha do Sol" chegamos primeiro a São Pedro de Tikina, aonde atravessamos uma parte estreita do lago através de um barco e os automóveis atravessaram por uma balsa. Minha sorte estava tão grande que a pequena van que me levava caiu com uma roda num buraco da balsa e tive que esperar uns 40 minutos até a van desempacar. Dali chegamos à Copacabana, aonde está a grande basílica de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira da Bolívia, e a porta de saída da Bolívia para o Peru. Por isso, a cidade enche e esvazia todos os dias de ônibus turísticos que trazem turistas à Ilha do Sol, à basílica ou os levam ao Peru.
Como cheguei tarde à Copacabana por causa do empacamento da van, perdi o barco que levava à Isla del Sol e tive que procurar um hotel pra ficar. Paguei 30 pesos bolivianos por um quarto com uma cama de casal, banheiro e uma televisão. Haviam outros mais baratos, mas meu corpo pedia um pouco de conforto por 5 bolivianos a mais. Aproveitei pra lavar as meias e cuecas e por pra secar na janela e na antena da televisão. Coisa de mochileiro.
No outro dia pela manhã, tomei o barco para a parte norte da Isla del Sol, no qual haviam muitos porteños que não paravam de falar (Isso não é novidade.). Descendo do barco, conheci o colombiano Otto e procuramos juntos um lugar pra ficar. Não havia quase ninguém no trapiche porque as pessoas da ilha estavam numa comemoração da igreja. Mais tarde fiquei sabendo que perdi bons momentos de música, bebida e dança. Encontramos um hotel simples e resolvemos ficar por ali. Ao perguntar se havia água no banheiro, a moça respondeu que não. Aí perguntei "Então como vamos fazer pra tomar banho?" e ela somente apontou para o lago e disse "Ali.". Caímos na risada, até perceber que ela estava falando sério. Apesar do lago imenso que rodeia a ilha, na Isla del Sol não existe água encanada. E assim passei 3 dias sem tomar banho porque fazia muito frio.
Sem dúvidas, a Isla del Sol foi um dos lugares mais incríveis que vi nessa viagem, senão um dos lugares mais incríveis que já vi na vida. O lago Titicaca é o mais alto do mundo, situado a 3810 metros acima do nível do mar, e é uma coisa encabulante pensar como tanta água foi parar em cima das montanhas. Sentar numa pedra e ficar olhando o lago era como meditar de olhos abertos. Uma paz sem igual.
terça-feira, 6 de março de 2012
Destino XXI: La Paz
La Paz, la ciudad que no hay paz. Foi assim que eu a vi. Totalmente diferente dos lugares que passei antes e depois, La Paz se mostrou como mais uma cidade grande, populosa, barulhenta, cheia de carros (japoneses), pobreza e poluição. Eu não queria passar por La Paz, mas para chegar ao Peru todas as rutas passam por lá.
La Paz é a cidade boliviana aonde está a sede do governo, mas legalmente Sucre é a capital da Bolívia. Não posso dizer que a conheci muito bem porque eu não tive muito ânimo de sair da rodoviária. Fui apenas a algumas igrejas, praças e aonde dava para ir a pé.
Seguindo os conselhos da minha amiga Ingrid, fui atrás de uma salteña (o equivalente à empanada argentina) para comer como almoço. Uma delícia! Uma espécie de salgado, recheada com carne moída (há outros sabores), molho, cenoura e o que acharem que fica bom pra rechear. Procurei um lugar pra trocar os reais que ainda eu tinha, mas quanto mais eu viajava mais desvalorizada a moeda brasileira ficava.
Dica: sempre viaje com dólares porque estão sempre bem valorizados
e podem ser trocados em todos os lugares.
Passei por uma praça muito cheia, aonde haviam as senhoras com os vestidos coloridos e chapéus na cabeça, crianças correndo e muitos pombos sendo alimentados por pessoas que jogavam milhos. Tirei poucas fotos em La Paz e as que eu tirei deletei sem querer. Boludo!
Deixei para comprar a passagem pra Copacabana na volta desse passeio urbano e quase fico sem a passagem. A única que consegui foi de uma van que saía de um lugar perto do cemitério, uma pequena van que cabia mais ou menos 10 pessoas, dirigida por um senhor que não escutava direito.
Fui na frente, aproveitando o lugar para tirar as fotos (que deletei) e vi muitas coisas bonitas. O monte Illampu, as cordilheiras com a neve nos topos, os rebanhos de ovelhas e, o mais bonito, o lago Titicaca, incrivelmente azul e enorme.
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Destino XX: Potosí
A caminho de Potosí, no ônibus que subia as curvas estreitas das montanhas, estava sentado ao meu lado um homem simples e simpático que me deu a melhor aula de cultura boliviana. A minha pergunta foi totalmente fora de contexto ("Sabes cuál es la patrona de Bolívia?") e a resposta dele foi muito mais abrangente ("Voy a mostrarte un poco sobre los pueblos bolivianos.") Com o celular, o senhor (que esqueci o nome) me mostrou fotos de onde morava, das festas, dos rituais, da família, da cidade, da neve e das lhamas. À medida que me mostrava, ele explicava o que significava e como eram feitas as festividades. Ele mora num pueblo, longe das outras cidades, aonde quase todos da cidade pertencem a mesma família. Vivem da agricultura e da criação de lhamas. Pachamama é muito mais que uma religião, é a direção a qual se orienta as suas vidas.
Foi só começar a dormir que cheguei a Potosí. Era madrugada e eu estava completamente desnorteado. Comigo desceram do ônibus um casal suíço e um francês. Perdi a vergonha e perguntei a eles se eu poderia ir com eles para onde se hospedariam. Tomamos um táxi e fomos para um hotel feio que dói. Talvez fosse uma hospedaria porque haviam famílias que pareciam estar ali há algum tempo. Descobri que esse também é um lugar aonde ficam os viajantes a trabalho só para passar a noite. Trinta pesos bolivianos, sem café, sem internet, sem água quente e uma cama que fazia um U. Tudo bem... Eu só precisava dessa última para descansar. O casal suíço não quis ficar porque não havia cama de casal. Ficamos eu e o francês num quarto com duas camas e uma televisão. Foi o primeiro francês que conheci que falava mais español que english. O que foi bom pra conversarmos un montón antes de dormir.
No outro dia de manhã acordei cedo, fui tomar café no mercado e procurei a agência de turismo para fazer o tour pelas minas. Potosí era uma das cidades que eu mais queria conhecer na Bolívia pelo que li no livro As veias abertas da América Latina, pela sua história tão importante na colonização e enriquecimento dos espanhóis sobre os povos andinos. Foi considerada a cidade mais rica do mundo na época do auge da prata e se assemelha a Ouro Preto (chamada de "Potosí de ouro") pelas ruas estreitas e casas no estilo colonial.
O tour pelas minas foi uma coisa muito marcante pra mim. Estar ali como um turista num lugar aonde foram mortos 8 milhões de indígenas forçados a trabalhar dia e noite não me fazia muito bem. Eu ficava até mesmo incomodado de tirar fotos dos mineiros que trabalhavam enquanto passeávamos por ali. É claro que hoje a história é diferente. Aqueles que trabalham nas minas pertencem a corporativas e, apesar do trabalho extremamente brutal, ganham bem por isso. Entrar num buraco e caminhar mais de 2 km por túneis fechados, alagados e chegando a um calor seco de 70°C eram coisas que eu nunca imaginei um dia fazer.
À noite, um chincharón (carne de porco com batata e milho) para degustar comendo com as mãos e uma Paceña pra refrescar antes do próximo destino.
Notas:
- A partir do governo de Evo Moralez, os rituais como o culto à Pachamama e os dialetos quechua e aymara passaram a ser reconhecidos como tradição cultural da Bolívia.
- Antigamente o preconceito era tão forte que os homens poderiam ser escolhidos para servir ao exército de acordo com o sobrenome. Se o sujeito tinha um apellido espanhol tinha mais chances de ir para as forças armadas do que um homem com sobrenome indígena.
- Potosí é a cidade mais alta do mundo, situada a 4.070 metros de altitude. Foi planejada como uma cidade espanhola e ainda é uma das cidades mais importantes da Bolívia. As igrejas católicas preservam tanto a arte andina como a cristã. A cidade é movimentada e bem povoada, mas ainda assim é uma cidade silenciosa.
- Dentro das minas os espanhóis colocavam uma imagem do diabo para que os índios o adorassem. Ainda hoje a imagem do "tio" (como os índios o chamavam) está nas minas e é presenteada com cigarros e álcool.
- Galeano escreve que com os ossos dos índios mortos nas minas de Potosí era possível construir uma ponte da América à Espanha.
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