La Quiaca (ARG) - Villazón (BOL)

Es la hora de decir adiós a Argentina! Passei minha última noite argentina num hostel aconchegante em um quarto só pra mim com uma cama confortável e uma janela! (Meu quarto em Buenos Aires não tinha janela.)

Pela manhã tomei um ônibus para La Quiaca, última cidade argentina antes de entrar na Bolívia e lá tive que descer do ônibus e passar andando pela fronteira. Como todas as fronteiras que passei, essa também não era bonita de se ver. Pessoas carregando sacolas coloridas, gente sem dente, sujeira por todos os lados, mulheres com seus filhos nas costas e um clima de "será que vai dar?". Gelei quando escutei na fila "Sin pasaporte no pasa!" e a única coisa que eu tinha era a minha carteira de identidade de brasileiro nas mãos. Mas foi muito mais tranquilo do que eu imaginava. Aliás, nunca esperei ser atendido com um "Ah! Brasilero!" e um sorriso no rosto. Na parede dos lugares agora eu via a foto de Evo Morález.

Vou escrever um livro de como viajar sem passaporte,

sem notebook, sem celular e sem cartão de crédito.

A caminho da fronteira, conheci meus novos amigos colombianos Andres, Marisol e Ingrith e o francês Pierre. Os colombianos também vinham de Buenos Aires e tinham menos de um mês para chegar até a Colômbia de ônibus. Pierre não falava espanhol e estava a caminho de Brasília para conhecer a arquitetura modernista de Niemeyer.

Juntos tomamos um ônibus em Villazón, a cidade boliviana da fronteira, para Tupiza, aonde não sabíamos o que fazer, mas fomos aconselhados de que era um bom lugar para ir. Passamos somente uma noite juntos, dividindo um quarto, escutando músicas de nossos países e tomando café colombiano (que é tão bom quanto o brasileiro).