segunda-feira, 28 de março de 2011

A partida (Belo Horizonte - Caxambu)


Deixei meus pais na rodoviária de BH às 23h com o coração na mão como se eu estivesse fazendo uma coisa errada. Por mais que eu explique o significada dessa viagem e o valor dessa experiência humana, compreendo que é difícil ver o filho partir. O mundo se apresenta de diversas formas, em sentidos diferentes, de acordo com os olhos de quem vê. O meu mundo é assim. E o valor que eu dou a essa viagem é muito maior do que as coisas que vemos por aí tão valorizadas.
Com a claridade do dia, acordei assustado no ônibus e percebi que a maioria dos passageiros já haviam desembarcado. Quando olhei as horas e vi que já havia passado 1h30 do horário previsto para a minha chegada, pensei "To fu! Não faço idéia de onde vou parar." Como quase sempre não conheço o meu destino em uma viagem, nunca sei qual é o meu ponto de desembarque. Felizmente, o pior nunca aconteceu. O ônibus atrasou 2 horas porque ficou parado num engarrafamento na estrada, num breu total. Eu, lógico, dormi e nem vi todo esse tempo passar. Acordei, dei uma olhadela e voltei a dormir.
Em Caxambu, aproveitando o tempo livre até o próximo ônibus, fui conhecer o Parque das Águas, que fica em frente à rodoviária. Com o sol laranja das 7 horas, tirei bastante foto e bebi as águas medicinais fedorentas boas para a garganta, pros olhos e pra todas as partes do corpo. Pensei que meu pai iria gostar de estar ali.
Como o ônibus atrasou 2 horas, meu tempo de espera para o próximo ônibus foi 2 duas horas. O bastante para andar por todo o parque tirando fotos, ver as notícias do jornal da manhã da tv local e tomar um café com leite (pelando) com pão de queijo.

Foto: Parque das Águas - Caxambu

2 comentários:

  1. Uma vez desci do ônibus com tanto sono na parada e depois não sabia qual era o que estava.
    Beijo!

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  2. O meu medo maior é fazer isso num país que eu não falo a língua. Imagina como deve ser.

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